Contexturas e Conjecturas de Mulher

Espaço de alma feminina, com todos os seus cantos, encantos e desencantos.

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sexta-feira, 8 de julho de 2011

EM COSTRUÇÃO

Postado por vivimilward às 7/08/2011 10:27:00 AM Nenhum comentário:
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POESIA DE TODOS

AUSÊNCIA

Por muito tempo
achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade


As sem-razões do amor
Carlos Drummond de Andrade


Eu te amo porque te amo
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.



Toma-me.
A tua boca de linho sobre a minha boca Austera. Toma-me AGORA, ANTES
Antes que a carnadura se desfaça em sangue, antes Da morte, amor, da minha morte, toma-me
Crava a tua mão, respira meu sopro, deglute
Em cadência minha escura agonia.
Tempo do corpo este tempo.
Da fome Do de dentro.
Corpo se conhecendo, lento,
Um sol de diamante alimentando o ventre,
O leite da tua carne, a minha
Fugidia.
E sobre nós este tempo futuro urdindo
Urdindo a grande teia. Sobre nós a vida
A vida se derramando. Cíclica. Escorrendo.
Te descobres vivo sob um jogo novo.
Te ordenas. E eu delinqüescida: amor, amor,
Antes do muro, antes da terra, devo
Devo gritar a minha palavra, uma encantada
Ilharga
Na cálida textura de um rochedo. Devo gritar
Digo para mim mesma. Mas ao teu lado me estendo Imensa
De púrpura. De prata. De delicadeza.
Hilda Hilst

Os lençóis estão limpos apesar dos meus mênstruos
posso chorar sobre eles
as minha lágrimas limpas
Meus seios estão sãos
sem formações malignas
meu útero não tem feridas
Os anjos disseram que não vou ter filhos
eu que sou serva da vida
Os lençóis estão limpos
eu também estou limpa
até as tripas
Uma mulher do mundo tinha fluxos ininterruptos
tocou o vestido de Cristo e ficou sã
Eu estou sã como ela
cheia de desígnios e digna
o vinho fluindo quente
pelos lábios do sexo
a vida vil e ferida
Os lençóis estão limpos apesar dos meus mênstruos
as lágrimas e a saliva límpidas
a noite enraizada na beleza
apesar da cólica e do sangue que me molha.
Mênstruos (Iracema Macedo)


VAZIO
Às vezes o olhar caminha
na trama da luzsem curiosidade alguma
qualquer devaneio
Vai em busca do tempo
e o tempo, como sempre,vazio de tudo
não está longe
está aqui, agora
O olhar sem memória
sem destinose detém
no ar do arna luz da lus -lugar?
(Francisco Alvim)



São coisas pessoais
intransferíveis:a singularidade das vidas
a morte em si de cada um no outro
a vivência de ambas
indiferentes ou mágicas
Repetidas
(Carlos Vogt)




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